Tatuado

Te tenho tatuado em minha pele, em meu peito, em meu coração, Senhor Jesus. Te tenho marcado em minha alma, meu espírito, meu respirar. Tenho em meu rosto Seu contorno, Seu toque, Sua arte. Sou parte de Sua obra-prima, sua filha, sua menina. 
Pai, Filho, Espírito Santo. Três, sendo apenas um, com suave delicadeza e gentileza, modelaram os contornos da Terra. Deram graça e suavidade há algo que antes era sem forma e vazia... Quantas vezes nos sentimos assim, sem forma e vazios? Quantas vezes precisamos ser levados 'a cabana' para sermos tratados de nossas feridas dolorosas que brotam de dúvidas, que geram medos, desconfianças... Quantas e quantas vezes. Quantas vezes somos carregados nas coloridas asas do Espírito, levados ao colo do Filho e deixados aos cuidados do Pai. E ainda assim, duvidamos, titubeamos, cambaleamos nas estradas que edificamos com nossas próprias mãos, as quais ferem nossos pés com as pedras que teimamos em não recolher e atirar ao lago da graça de Deus. Lago de infinitas águas de misericórdia. Andamos às bordas, desconfiados da profundidade das águas, desconfiados dos segredos que essas águas guardam. Sempre tão desconfiados... Sempre sem tecer junto, fiar junto. Sempre tecendo e fiando sozinhos em nossa imaginária róca. Ali, sentamos e fiamos pontos confusos dos quais nem nós mesmos compreendemos! Emaranhados e mais emaranhados. Enquanto isso, lá estão eles, o Pai, o Filho e o Espírito a observar em silêncio. Em silêncio, sim, pois nos ocupamos freneticamente daquilo que julgamos certo, de nossas idéias mirabolantes e pensamentos pertinentes que ditam nossos passos. Não há lugar para a doce voz do Onipotente, Criador de todo universo. Não, não há lugar. E, ali, andando às bordas do rio da graça de Deus, tendo aos braços nossa róca de fiar, vamos em círculos. Pobres de nós... Toda riqueza contida no rio da graça de Deus não se compara às riquezas pueris do mundo...
Mergulhar ou não neste rio, é uma escolha de cada um. Não é algo que se imponha, que se ordene. É algo que brota da semente do amor de Cristo lançada com graça, mansidão, sabedoria, gentileza, cuidado em cada coração abatido, triste, desconfiado, cauterizado, ferido... Após a escolha, após o mergulho nas profundezas do coração de Deus, Ele fica marcado, tatuado, irremovível em nós. Vale a pena o mergulho. A róca? Bem, a róca sai de suas mãos, direto para as mãos d'Aquele que nunca erra, nunca perde batalha, nunca abandona, nunca desvia o olhar de ti.

((por Gisele Ávila))

Read More

Eu compreendo a sua dor...

"Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação; que nos consola em toda nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a consolação de que nós mesmos somos consolados por Deus. Porque, como as aflições de Cristo são abundantes em nós, assim também é abundante a nossa consolação por meio de Cristo." (2 Coríntios 1:3-5)

Aparentemente eu e você valemos muito. Por que Jesus viveu  na terra todos aqueles anos? Quando pensamos que foram apenas 33 anos... Apenas... Em 33 anos Ele passou por muitas situações. Suportou viagens longas à pé sob o sol escaldante, longos dias e temperamentos rudes. Suportou a hipocrisia e falsidade dos homens. Por que Ele fez isto? Porque Ele quer a sua confiança. Mesmo sua atitude final na terra tencionava ganhar sua confiança. Leia João 19:28-30 (A morte de Jesus). Esse foi o ato final da vida de Jesus. Na conclusão de sua vida terrena, ouvimos o som de um homem sedento. E, através de sua sede - através da esponja e do vaso cheio de vinagre - Ele faz seu apelo final: Você pode confiar em mim
Jesus. Lábios rachados, garganta tão seca que não podia engolir e a voz tão rouva que mal podia falar. Ele tinha sede. Para saber a última vez em que estes lábios foram molhados, é necessário voltar 12 horas até a refeição. Desde o gole naquela taça de vinho, Jesus habia sido cuspido, cortado, humilhado, açoitado. Ele havia carregado a vruz e suportado pecados, sem beber qualquer líquido para aliviar sua garganta. Ele estava com sede.
Então, porque Ele não fez algo sobre isso? Será que não podia? Não transformou Ele água em vinho? Não dizem as Escrituras a respeito d'Ele: "Converte o deserto em lagos..." (Salmos 107:35); e "converteu o rochedo em lago de águas..." (Salmos 114:8)? Não disse Deus: "Porque derramarei água sobre o sedento..." (Isaías 44:3)? Então, porque Jesus suportou a sede? Por que Ele ficou cansado em Samaria (João 4:6); perturbado em Nazaré (Marcos 6:6); e furioso no templo (João 2:15)? Por que dormiu no barco no mar da Galiléia (Marcos 4:38); ficou triste no túmulo de Lázaro (João 11:35), e teve fome no deserto (Mateus 4:2)? Por quê? Por que Ele teve sede na cruz? Ele não precisava ter sede. Não, pelo menos, no nível que teve. Seis horas antes lhe haviam oferecido algo para beber, mas Ele recusou. (Leia Marcos 15:22-24). 
Antes de o cravo ser pregado, foi-lhe oferecido uma bebida. Marcos diz que o vinho estava misturado com mirra. Mateus o descreve como vinagre com fez. Ambos, mirra e fez, contêm propriedades sedativas que amortecem os sentidos. Mas Jesus recusou. Ele recusou-se a ser sedado, optando por sentir a força total de seu sofrimento. Por quê? Por que Ele suportou todos estes sentimentos? Porque Ele sabia que você também os sentiria. Ele sabia que você sentiria casanço, perturbação, sono, fome e raiva. Sabia que você sentiria dor. Se não dor corporal, a dor da alma... Dor muito aguda para qualquer droga. Sabia que você sentiria sede. Não só de água, mas sede da verdade, e verdade que salta de um Cristo sedento é: Ele compreende.
E por Ele compreender, podemos nos chegar a Ele. A falta de compreensão, por diversas vezes nos afasta das pessoas. Elas não estão em nossa pele! Por mais que vivam uma situação parecida, não compreenderão verdadeiramente nossos sentimentos. Jesus, por sua vez, sabe e pode. Ele já passou, em sua vida na terra, pelas mesmas situações e sabe como você se sente. (Leia Hebreus 4:15-16)
Um marinheiro que está se afogando não pode ajudar a outro marinheiro que também está se afogando. Um prisioneiro não pede a outro prisioneiro que o liberte. Ele sabe que precisa de alguém mais forte do que ele. A mensagem de Jesus através da esponja embebida em vinagre é esta: Eu sou essa pessoa. Confie em mim.

Jesus recusou-se a ser entorpecido por aquilo que o mundo lhe ofereceu. Ele não aceitou o falso alívio. E nós? Temos nos deixado entorpecer pelas falsas promessas de felicidade e alívio imediato do mundo? Temos nos deixado engessar por aquielo que nossos olhos naturais contemplam? Como temos reagido? Como você tem reagido?

Que a graça, a misericórdia e o amor de Deus, que excedem todo o entendimento, seja sobre sua vida em nome de Jesus Cristo, nosso amado e gentil Salvador.


Read More
 

©2009Vinho de Rosas | by TNB