quarta-feira, 23 de novembro de 2011
As Vestes da Humildade
Esposo: Já entrei no meu jardim, minha irmã, noiva, minha; colhi a minha mirra com a especiaria, comi o meu favo como mel, bebi o meu vinho com o leite. Comei e bebei, amigos; bebei fartamente, ó amados.
Esposa: Eu dormia, mas o meu coração velava; eis a voz do meu amado, que está batendo:
Esposo: Abre-me, minha irmã, querida minha, pomba minha, imaculada minha, porque a minha cabeça está cheia de orvalho, os meus cabelos, das gotas da noite.
Esposa: Já despi a minha túnica, hei de vestí-la outra vez? Já lavei os pés, tornarei a sujá-los?
(Cântico dos Cânticos 5:1-3)
Baseado no livro, As Vestes da Humildade, de A.W. Tozer, vamos entender um pouco sobre essa passagem de Cantares, onde Salomão fala sobre o Amado e a Noiva.
A noiva está narrando sua aflição porque seu amado a chamou no meio da noite, para sair com ele, mas ela demorou a responder. Ele dissera a ela que a cabeça dele estava coberta de orvalho, o cabelo molhado pelas gotas da noite, pois ele estivera colhendo mirra, lírios, e cuidando de suas ovelhas.
Resumidamente, ela recorda que estava belamente vestida para a noite, mas essa roupa não seria apropriada para atender ao chamado dele, pois ele queria que ela fosse estar com ele, onde ele se encontrava, na sua humildade, trabalhando entre as ovelhas, no serviço das hortas e dos campos. Por fim ela confessa no verso 6: “Abri ao meu amado, mas já ele se retirara e tinha ido embora... busquei-o mas não o achei; chamei-o, e não me respondeu.”
Quando afinal ela se dispusera a vestir as roupas certas, para auxiliá-lo no serviço humilde, ele já fora embora.
A.W. Tozer chama nossa atenção para as vestes que a igreja tem buscado usar. Muitas estão adornadas por todo tipo de matéria-prima que se possa imaginar. Há conforto de belas cadeiras acolchoadas e cultos sendo transmitidos pela tv, internet, rádio. Mas, como estão o coração dos líderes, das ovelhas...?
O coração é o altar do Senhor. Tem sido assim? Seu coração tem sido o altar onde o Senhor, com Seu amor, misericórdia, força, graça, habitam? Ou seu coração tem sido altar das bênçãos recebidas e, ou, esperadas? A noiva estava preocupada em se adornar, mas não da forma como Jesus espera que seja o adorno. Ele, o Filho de Deus, se despiu de Sua glória para vestir as vestes da humildade e do serviço. Ele andou no meio daqueles que necessitavam da cura da alma. E nós, por onde temos andado? Com quais intenções? Qual tem sido a luz que reflete nossos olhos?
Pense sobre isso, reflita e, se necessário, conserte sua vida com o nosso Amado.
Que a beleza que há no Espírito de Deus seja a qual em ti reflete.
2 comentários:
Querida que Deus continue te usando pra falar do amor DELE as pessoas ! Muito Edificante seu Blog ! Vou ter Ele como Leitura diaria....
26 de novembro de 2011 às 11:09Estive comentando há pouco sobre essa postura da "noiva", de se empenhar tanto para construir catedrais suntuosas e para fazer festas cheias de pompas, mas não vemos o mesmo empenho para levantar fundos para sustentar um missionário na longíqua África, ou levantar uma obra social no desacreditado Nordeste, ou mesmo na favela ao lado.
30 de novembro de 2011 às 21:32O que é perecível está roubando o lugar do que é eterno. O que é altivo, do que é simples e humilde. O que é terreno está roubando o lugar daquilo que é santo.
Mas como bem observou o Pr. Luiz Fernando R. de Souza, "quando estivermos diante do Senhor e formos medidos por Ele, Ele não passará sua fita métrica em torno dos nossos bolsos, mas o fará em torno de nossos corações. O que valerá no final não será o montante financeiro ou de bens alcançados, mas o montante de consagração dedicada ao Senhor."
Que o Espírito Santo nos ajude a estarmos preparados!
Paz do Senhor.
Elaine Cândida
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Que a graça, o amor, a mansidão e as misericórdias do Senhor sejam sobre sua vida!